Monark, youtuber que se diz libertário, que já havia antes protagonizado falas reprováveis em seu canal Flow Podcast, passou de todos os limites essa semana. Comandando uma entrevista com os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (Podemos-SP), o citado influencer numa afã doentia em defender a “liberdade” de expressão, afirmou que o Brasil deveria ter um Partido Nazista.
Absurdos atrás de absurdos, o jovem youtuber vomitou isso na presença de dois representantes do Congresso Nacional. E o também jovem deputado Kim Kataguiri além de não o ter repreendido – como imediatamente o fez sua colega Tabata Amaral – ainda concordou com o mesmo.
Essa defesa sem limites da liberdade de expressão, mesmo quando ela representa ideologias assassinas, é uma alucinação importada dos Estados Unidos, país com diferenças históricas e culturais enormes em relação ao nosso país. Lá até pode fazer sentido, aqui não. Não restam dúvidas que defender a permissão da existência de um partido político que propague o nazismo é o mesmo que defender o holocausto, o antissemitismo, afinal, é um combo.
Depois de ver os patrocinadores sumirem, a bicicleta velha veio a público pedir desculpas. Mas essas não pareceram sinceras. O negócio foi tão sério que até os ministros do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes postaram em suas redes reprovando a abjeta fala.
Para completar o show de porcaria, após o acontecido, um tal de Adrilles Jorge, comentarista da rede de extrema-direita Jovem Pan News e ex-BBB (essa eu não sabia), fez uma saudação nazista ao vivo naquele canal.
Alimentados por polêmicas, essas criatura do esgoto vivem justamente de forçar ao máximo os limites de que seria aceitável. Um velho ditado diz: quem fala o que quer, ouve o que não quer. Pessoas como o Monark já esperam que suas falas gerem indignação. Essa indignação geram cliques, likes, e, claro, grana. O funcionamento das redes fomentam esse tipo de falsa polêmica, pois geram enormes dividendos para aqueles que vivem de defender o indefensável.
Esse pessoal não defende a liberdade de expressão, que constitucionalmente tem seus limites, e sim uma verdadeira “libertinagem” de expressão. Que sejam punidos. Não passarão!
— Por Harrison Pereira.
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