Rita Lee foi passear no céu e tocar a sua autoharp para Deus, como ela mesma profetizou no capítulo “Profecia” do seu livro “Rita lee: Uma autobiografia”, lançado em 2016.
Em 2002, passando por João Pessoa com a turnê Yê, Yê, Yê de Bamba, onde fazia releituras de sucessos dos Beatles, a cantora protagonizou um episódio típico da sua verve revolucionária, inquieta, justiceira e rebelde ao liberar a frente do palco para o público que se amontoava nas laterais para que pudessem assistir melhor o show, “unindo Plebeus e Patrícios, fazendo a festa do povo” como bem lembrou nosso amigo @tulioflaviotulio.
Afastada dos palcos desde 2012, com a saúde fragilizada, a sua última apresentação aconteceu em janeiro daquele ano no Festival de Verão de Sergipe que terminou com a cantora indo parar na delegacia, e depois liberada, após se revoltar com a ação truculenta dos policiais durante o seu show. Seu último show em João Pessoa aconteceu no réveillon de 2012.
Essa era a nossa Rita Lee, a padroeira da liberdade, que partiu num dia azul, como cantou na música ‘Rita Lee foi passear’.