Bolsonaro foi (e ainda é) um risco à Segurança Nacional

O que será que Bolsonaro levou ao sair fugido do palácio, além das jóias? 

O ex-presidente Jair Bolsonaro foi pego no flagra. Criou uma verdadeira quadrilha para surrupiar presentes recebidos por ele como chefe de estado, que o indigitado sabia pertencer ao Estado brasileiro. Os detalhes sórdidos chocam, pois é impressionante relembrar como um ser tão rasteiro ocupou o cargo máximo da Nação.

“O Presidente Jair Bolsonaro se encontrou com o Emir Tamim bin Hamad Al Thani, governante do Catar, para assinatura de acordos bilaterais nas áreas de investimento, economia, defesa, energia e esportes.” [1] | Foto: Alan Santos/PR

O ladrãozinho devia deixar claro por onde passava que esperava receber presentes. As chancelarias estrangeiras já sabiam que nosso presidente estava à venda, a um preço módico. Alguém duvida que o agora inelegível venderia segredos comerciais, militares, em troca de um colar para ele presentear Micheque? A ex-primeira-dama devia infernizar seu maridão com pedidos de presentes. Lembra-me o caso das jóias do casal Cabral, naquele mesmo estado amaldiçoado da federação em que construiu sua carreira política.

Como bem relembrou didaticamente o Ministro da Justiça Flávio Dino, bandidos adoram jóias. Elas são fáceis de transportar e podem ser vendidas com relativa facilidade. O criador da nota de R$ 200,00 que ninguém mais vê circular, no governo onde foi introduzido o PIX, não é muito fã do Sistema Bancário Nacional. As rachadinhas, as corrupções que ele e seus filhos a mando dele praticaram ficaram notórias pelo uso de dinheiro vivo e laranjas.

Com a certeza de sair impune de seus crimes, a Famiglia Bolsonaro nem se deu ao trabalho de tomar as precauções básicas para ocultar os rastros de suas mutretas. Os bolsonaros agem como piratas, praticando pilhagem do erário por onde passam, pois parasitas como eles não conseguem separar o público do privado: se está lá dando sopa, por que não roubar?

Há alguns meses estourou um escândalo envolvendo o Catar e alguns representantes eleitos do Parlamento Europeu. A Famiglia Bolsonaro, que se comporta como novos-ricos, deslumbrados com o luxo, tentou nutrir relacionamento próximo com os líderes dos países da região. E dinheiro para aquelas nações não é nenhum problema. Por que não encher os Bolsonaros de presentes (suborno), esperando algum voto favorável no futuro em fóruns internacionais, como a ONU e agências relacionadas? 

Donald Trump, a quem Bolsonaro tentou de todas as formas bajular, se vê enrolado num escândalo por ter retido documentos secretos que deveriam terem sido devolvidos ao término de seu mandato, guardando papéis com informações confidenciais em seu próprio banheiro. O que será que Bolsonaro levou ao sair fugido do palácio, além das jóias? 

O Brasil foi governado por um delinqüente, e essa apuração deve ir até o fim, para que sirva de exemplo e nada tão grotesco venha a se repetir.

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[1] Gov.BR | Presidente Jair Bolsonaro firma acordos com o Catar nas áreas de economia, defesa e energia

Harrison Batista

Administrador da Dois Três Meia e do Cidade Paraíba.

1 Comment

  1. Parabéns! Excelente matéria. Muito bem resumida a picaretagem dos Bolsonaros. Certamente muito mais será revelado em breve.

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